quinta-feira, 21 de março de 2013

Marian Makeba


A recepção que teve na Europa e as condições que enfrentava na Africa do Sul fizeram com que Mariam resolvesse não regressar ao pais, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.

Foi então para Londres, onde se encontrou com o cantor e actor negro norte-americano Harry Belafonte, no auge do sucesso e prestigio e que seria o responsável pela de Mariam no mercado americano. Através de Belafonte, também um grande activista pelos direitos civis nos Estados Unidos. Mariam gravou vários discos de grande popularidade naquele pais. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso mundial.

Em 1966, os dois ganharam o Prémio Grammy na categoria de música folk pelo discoAn Evening with Belafonte/Makeba.

 

Em 1963, depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros da Africa do Sul, perante o comité das Nações Unidas contra o Apartheeid, os seus discos foram banidos do país pelo governo racista o seu direito de regresso ao lar e a sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.

Os problemas dos Estados Unidos começaram em 1968, quando se casou com o activista político Carmichael, um dos idealizadores do chamado Blak Power e porta-voz dos Panteras Negros, levando ao cancelamento dos seus contratos de gravação e das suas digressões artísticas.

Por este motivo, o casal mudo-se para  agGuiné, onde se tornaram amigos  do presidente Ahmed Sékou Touré. Nos anos 80, Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto da ONU, que lhe atribuiu o Prémio da paz Dag Hammarskjôld.

 
Separada de Carmichael em 1973 continuou a vender discos e a fazer espetáculos em África, América do sul e Europa.
Em 1975, participou nas cerimónias da independencia de Moçambique, onde lançou a canção “A Luta Continua” (slogan da Frelino), apreciadas até aos nossos dias. A morte
de sua filha única em 1985 levou-a a mudar-se para a Belgica onde se estabeleceu.
 
Mariam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu pessoalmente à chegada. Na África do sul, participou em dois filmes de sucesso sobre a época do apartheid e do levantamento de Soweto, ocorrido em 1976  Agraciada em  2001 com a medalha de Ouro da Paz Ott Hahm. Outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas “por relevantes serviços pela  paz e pelo entendimento mundial”. Mariam continuou a fazer shows em todo o mundo e anunciou  uma digressão de despedida, com dezoito meses de duração.
Em 9 de novembro de  2008, apresentou-se num concerto a favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital  na madrugada do dia 10 de  novembro