A recepção que teve na Europa e as
condições que enfrentava na Africa do Sul fizeram com que Mariam resolvesse não
regressar ao pais, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.
Foi então para Londres, onde se
encontrou com o cantor e actor negro norte-americano Harry Belafonte, no auge
do sucesso e prestigio e que seria o responsável pela de Mariam no mercado
americano. Através de Belafonte, também um grande activista pelos direitos
civis nos Estados Unidos. Mariam gravou vários discos de grande popularidade
naquele pais. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso
mundial.
Em 1966, os dois ganharam o Prémio
Grammy na categoria de música folk pelo discoAn Evening with Belafonte/Makeba.
Em 1963,
depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros da Africa do
Sul, perante o comité das Nações Unidas contra o Apartheeid, os seus discos
foram banidos do país pelo governo racista o seu direito de regresso ao lar e a
sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.
Os problemas dos Estados Unidos
começaram em 1968, quando se
casou com o activista político Carmichael, um dos idealizadores do chamado Blak
Power e porta-voz dos Panteras Negros, levando ao cancelamento dos seus
contratos de gravação e das suas digressões artísticas.
Por este motivo, o casal mudo-se para agGuiné, onde se tornaram amigos do presidente Ahmed Sékou Touré. Nos anos 80,
Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto da ONU, que lhe atribuiu o
Prémio da paz Dag Hammarskjôld.
Separada de
Carmichael em 1973 continuou a vender discos e a fazer
espetáculos em África, América do sul e Europa.
Em 1975,
participou nas cerimónias da independencia de Moçambique, onde lançou a
canção “A Luta Continua” (slogan da Frelino), apreciadas até aos nossos
dias. A morte
de sua filha única
em 1985 levou-a a mudar-se para
a Belgica onde se estabeleceu.
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Mariam Makeba regressou finalmente à
sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu
pessoalmente à chegada. Na África do sul, participou em dois filmes de sucesso
sobre a época do apartheid e do levantamento de Soweto, ocorrido em 1976 Agraciada em 2001 com a medalha de Ouro da Paz Ott
Hahm. Outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas “por relevantes
serviços pela paz e pelo entendimento
mundial”. Mariam continuou a fazer shows em todo o mundo e anunciou uma digressão de despedida, com dezoito meses
de duração.
Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se num concerto a favor de
Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque
cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de
novembro
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